terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Secretário da ONU cita Brasil como exemplo na produção de energia limpa e destaca Programa Luz Para Todos

O secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse que o Brasil é um exemplo para os demais países ao adotar uma politica energética voltada para a produção de energias renováveis e para o encontro de soluções que garantam o acesso a energia elétrica às populações mais pobres. Ban Ki-moon fez a declaração na abertura da Cúpula Mundial Sobre o Futuro Energético, na última segunda-feira, 16 de janeiro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Além do Brasil, o Secretário citou a Índia e a China entre os países comprometidos com os dois temas que dominam as discussões do evento.

Mais de cem países estão representados nesse encontro organizado pela ONU com o objetivo de avaliar o futuro da energia no mundo. Além de lideranças governamentais, participam representantes da indústria de energia, do mundo financeiro e acadêmico. 

O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participou da cúpula como membro do Grupo de Alto Nível de Energia Sustentável, para o qual foi convidado oficialmente pelo secretário geral da ONU.


Luz Para Todos


O destaque do Brasil na produção de energias limpas e renováveis também foi feito no encontro pelo diretor geral da Unido, Kandeh Yunkella, responsável pela organização da reunião do Grupo de Alto Nível de Energia Sustentável para Todos. 

Durante conferência de imprensa realizada após a abertura do evento, Yumkella disse que o Brasil é um exemplo a ser seguido por dispor de uma matriz elétrica com mais de 80% de energias renováveis, por ser um líder na produção de biocombustíveis e por haver implementado com êxito o Programa Luz Para Todos, que já levou energia elétrica a mais de 14 milhões de brasileiros. 

Presente aos dois encontros, o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil pode contribuir com o esforço da ONU na defesa do uso de fontes de energia limpa, ‘’ com a disponibilização de tecnologias relacionadas ao desenvolvimento sustentável de bionergia e hidroeletricidade, à eficiência energética e ao Programa Luz para Todos’’. 

Lobão elogiou a ‘’verdadeira guerra contra a pobreza, que inclui a exclusão elétrica de 1,3 bilhão de pessoas no mundo, e a favor das energias limpas’’. Afirmou ainda que o Brasil antecipou-se nessa luta desde os anos 70, quando criou pioneiramente o seu programa de biocombustíveis, e, mais recentemente, em 2003, ao criar o Programa Luz Para Todos.
Fonte: MME

Plano Decenal e Investimentos em Linhas de Transmissão - PDE 2020 MME

 O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, assinou, na terça-feira, 27,  a portaria n° 689 que aprova o Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 - PDE 2020. A medida, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), possui uma visão integrada da expansão da demanda e da oferta de recursos energéticos no período decenal.


O PDE 2020 define ainda um cenário de referência para implementação de novas instalações na infraestrutura de oferta de energia, que são necessárias para o atendimento aos requisitos de carga, segundo critérios de garantia de suprimento estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Energética.

O Plano indica um consumo final energético que crescerá de 237,7 milhões tep em 2010 para 372 milhões tep em 2020, correspondendo a uma taxa anual média de crescimento de 5,3%. O investimento total requerido para suprir a demanda energética esperada é da ordem de R$ 1.019 bilhões.

A oferta interna de energia elétrica passará de 571,6 TWh em 2011 para cerca de 867,3 TWh em 2020, elevando a oferta interna per capita de 2.959 kWh/hab para 4.230 kWh/hab. A ampliação do acesso à energia elétrica é um indicador expressivo do bem estar das famílias brasileiras.

Neste horizonte decenal, o montante global de investimentos em oferta de energia elétrica será da ordem de R$ 236 bilhões. Boa parte dos investimentos em geração refere-se a usinas já concedidas e autorizadas, entre elas, as usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. Os empreendimentos de geração ainda não concedidos ou autorizados serão responsáveis por R$ 190 bilhões.

O sistema isolado de Manaus/Amapá será conectado ao subsistema Norte a partir de julho/2013 e a interligação Manaus – Boa Vista integrará o estado de Roraima ao SIN em janeiro/2015.

No horizonte decenal as obras de transmissão receberão investimentos de R$ 46 bilhões, assegurando o crescimento do intercâmbio de energia elétrica entre as regiões do país, de forma a possibilitar o atendimento mais eficiente das variações sazonais da oferta de hidroeletricidade.

Nos próximos 10 anos, a produção de petróleo e gás natural será expandida de forma acentuada, aumentando 196,5% e 197,1% respectivamente. O país deverá contar com a adição de 450 km de gasodutos à rede existente. Os investimentos em exploração, produção e oferta de petróleo e gás natural serão da ordem de R$ 686 bilhões no período.

A demanda de biocombustíveis líquidos também se destaca com crescimento médio anual de 9,6% para o etanol e 4,7% para o biodiesel. A geração de emprego e renda no campo, associados à produção de biodiesel, é um fator relevante de reversão de fluxos migratórios de contingentes populacionais das zonas rurais para os grandes centros urbanos, impulsionando a dinamização de economias locais.

Este plano constitui uma referência importante para o setor energético nacional. O ambiente externo incerto ressalta o papel do planejamento decenal para auxiliar na formação das expectativas dos agentes do setor energético brasileiro no sentido de buscar a utilização mais adequada dos recursos nacionais. A ampliação dos investimentos em energia assume uma posição central para a manutenção da atividade econômica e preparação da infraestrutura nacional para a continuidade do crescimento econômico.

A Empresa de Pesquisas Energética atuou como parceira fundamental no desenvolvimento dos estudos que subsidiaram a elaboração do PDE 2020. A participação de empresas e agentes do setor energético, bem como de entidades da sociedade civil e de outros órgãos governamentais, que direta ou indiretamente contribuíram com esse trabalho também foi de grande relevância.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Custo da Energia na Produção de Carros Brasileiras

Ontem estava lendo essa coluna sobre a competitividade da nossa industria automobilistica e um dos nossos problemas como sempre é o custo elevado do kWh, todos sabemos, mas o governo não faz nada. 



Carros de sobra

Há carros sobrando no mundo. A indústria automobilística mundial está ociosa em 20 milhões de veículos. Esse é o número de carros que podem ser produzidos mas não há compradores. O número é cinco vezes o mercado brasileiro, que consumiu, em 2011, 3,7 milhões de automóveis leves. A produção no país subiu 0,7%; as exportações cresceram 7,5%; e as importações dispararam 29,8% no ano passado.
A projeção da PricewaterhouseCoopers (PWC) para este ano é que a ociosidade vai aumentar de 20 milhões para 24 milhões. Todas as montadores do mundo chegarão ao final do ano com capacidade de produção de 103 milhões de veículos. Mas o consumo projetado é de apenas 79 milhões.
Por isso a venda de importados vem subindo tanto. Um em cada quatro carros vendidos no Brasil em 2011 foi fabricado fora do país. O importante a se lembrar sempre é que 85% das importações foram feitas pelas próprias montadoras: 650 mil veículos. Outros 200 mil entraram via importadoras, que trouxeram carros da China, Japão e Coreia do Sul, principalmente.
— O pano de fundo para se analisar a indústria brasileira é a ociosidade de produção mundial, provocada pela crise econômica americana e europeia. O mercado está se deslocando para os países emergentes, tanto em termos de produção quanto de consumo — disse o sócio-diretor da PWC, Paulo Petroni, que fez um estudo sobre o setor.
A alta de um ano para o outro via importadoras chegou a 87%. A venda de carros chineses cresceu 346%, e a de japoneses, 108%, mas a base de comparação era baixa. A maior parte veio da Argentina e do México, países com os quais o Brasil possui acordos comerciais. Metade dos importados veio da Argentina.
— A importação feita pelas montadoras é reflexo da crise que houve na Argentina. Anos atrás, o país ficou com uma ociosidade de produção muito grande e foi mais fácil para as montadores transferir para lá parte da produção do que investir em novas plantas no Brasil — explicou Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.
A participação dos veículos importados no mercado interno brasileiro saltou de 5,1%, em 2005, para 24% em 2011, segundo a PWC. No mesmo período, as exportações caíram de 30,7% para 15,9% do total da produção.
A produção nacional cresceu 0,7% no ano passado e as vendas subiram 3,3%. Para este ano, a Anfavea prevê que a produção vai crescer 2%, mas as exportações devem cair 5,5% por causa da retração do consumo mundial.
— O excedente de produção em nosso setor provoca uma crescente dificuldade de competição. E há falta de competitividade não só da indústria automotiva mas da própria economia brasileira — diz Ademar Cantero, diretor de Relações Institucionais da Anfavea.
Mais do que a valorização do real, Ademar culpa os problemas de sempre para justificar a crescente dificuldade de exportar e competir com os importados: impostos elevados; mão de obra mais cara que a de outros países; infraestrutura ineficiente; energia cara; burocracia. Acha que as medidas do governo para o setor foram importantes, mas que não resolvem problemas que são estruturais.
— Foi uma medida pontual e inicial enquanto se desenha o novo regime automotivo. Até 2020, as vendas de automóveis devem saltar de 3,7 milhões para 6,5 milhões. Se nada for feito, esse aumento de demanda será ocupado pelos importados — disse.
Pelas contas de Paulo Petroni, o custo de produção de um veículo médio no Brasil é 60% maior do que na China; 52% maior do que na Índia; e 33% maior do que no México:
— O custo da mão de obra no Brasil supera o da mexicana, apesar de o trabalhador brasileiro receber salário menor. Temos encargos, taxas e contribuições que incidem sobre as folhas de pagamento. O trabalhador brasileiro leva para casa por volta de 55% do custo total da mão de obra; o mexicano, por volta de 75%.
O kWh de energia elétrica no Brasil custa 0,81; contra >EuC2< 0,09 na Argentina; 0,05 no México; e 0,58 na Europa. O aço brasileiro, segundo a PWC, tem preço historicamente 35% a 40% acima dos níveis internacionais.
Ainda assim, não se pode dizer que o setor automobilístico brasileiro apresenta maus resultados. O setor de veículos e peças fechou o ano com queda de apenas 0,4% na bolsa brasileira. Resultado muito melhor do que o do Ibovespa, que fechou em queda de 18,4%. A indústria automobilística terminou o ano com 144.710 empregados nas montadoras, 6,3% a mais que o total de dezembro de 2010. As vendas de motos cresceram 7,58% no ano passado. A de ônibus disparou 21,73%, enquanto a de caminhões subiu 9,69%.
A Fenabrave projeta uma alta de 5,76% nas vendas para 2012, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. Somente para carros, a expectativa é de emplacar 3.579.699 unidades, com aumento de 4,5% sobre 2011. Para caminhões, é prevista alta de 9,6%. Para ônibus, 14,3%. E, para motos, 7,5%.
O lobby da indústria brasileira sempre foi forte e alguns governos são mais sensíveis a essa pressão. O atual é tão sensível que há quem diga que o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, deveria se chamar MIA, Ministério da Indústria Automobilística. Mas com o excesso de produção mundial, que de fato existe, e com o aumento de importação, que em parte elas mesmas fizeram, o setor se enche de argumento para pedir medidas excepcionais de proteção. Só que a maioria dos problemas dos quais reclama todos os outros setores enfrentam. O mais adequado seria melhorar as condições de competitividade para toda a indústria brasileira.
Fonte: Mirian Leitão

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Livros Indicados Sobre o Setor Elétrico Brasileiro

A Estrutura Tarifária de Energia Elétrica: Teoria e Aplicação
Sinopse
O livro “A Estrutura Tarifária de Energia Elétrica: Teoria e Aplicação” trata, com profundidade adequada e didática necessária, de tema bastante complexo e recorrente na área da regulação de preços em monopólios naturais. A obra desenvolve flexões sobre conciliação da concepção metodológica da estrutura tarifária ao atual regime de regulação do setor elétrico e aborda questões relevantes no processo de formação de tarifas, como a precificação de ponta, a diferenciação de preços por nível de tensão e a construção de modalidades tarifárias destinadas ao aumento da eficiência econômica.
Como descreve o diretor da ANEEL, Edvaldo Alves de Santana, “É um livro que tem uma natureza bastante nobre, tendo em vista que surgiu de um tema de pesquisa proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e consolida a pesquisa em resultados práticos, que são consagrados em procedimentos e justificativas para a definição de uma estrutura tarifária, que era o objeto da pesquisa. Cobre uma importante lacuna em termos de livros-texto para os estudos tarifários, tanto em cursos de graduação como de pós-graduação. Isso, por si só, já o credencia como um livro de grande valor, o que dignifica o trabalho e os desafios que enfrentaram seus autores Fábio S. El Hage, Marco Antonio de P. Delgado e Lucas P. do C. Ferraz.

Desafios do Regulador (2ª Edição)
Sinopse
Depois de oito anos no comando da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Jerson Kelman lança Desafios do Regulador. O livro, muito além de resgatar um pouco do dia a dia de um homem público que tem que tomar decisões sobre temas complexos - e afetam grandes interesses econômicos e milhões de pessoas - , revela o que ainda precisa ser feito para consolidar as agências reguladoras.
O Brasil tem excepcionais recursos naturais para produzir a energia necessária ao seu desenvolvimento econômico e social com baixa emissão de gases que causam o efeito estufa. No entanto, o êxito da transformação desse potencial em realidade, depende não só de grandes investimentos públicos e privados, como igualmente do contínuo fortalecimento institucional do país, que assegure previsibilidade, estabilidade de regras e respeito a direitos e contratos. As agências reguladoras são um componente fundamental desse processo de fortalecimento institucional, mediando interesses de governo, de grupos econômicos e da sociedade em geral com equilíbrio, coerência e transparência. 

Desafios do Regulador
 mostra como essas agências sofrem continuamente pressões e tentativas de "captura" de toda sorte. O livro mostra também que elas só poderão exercer plenamente seu papel se contarem com dirigentes experientes, independentes, com espírito público, e com equipes permanentes formadas por profissionais com grande capacitação técnica.

O livro, publicado pela Synergia Editora em co-edição com o Centro de Estudos Econômicos do Setor Energético (CEE) – uma parceria entre a PSR Consultoria e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) está estruturado em seis partes, abordando os seguintes temas: agências reguladoras; confiabilidade no fornecimento de energia elétrica; concessões e autorizações; cálculo tarifário; oportunidades para parcerias público-privadas; e as usinas do Madeira e o Ministério Público.

Em Desafios do Regulador, Jerson Kelman consegue, com um texto leve, direto e envolvente, revelar todo o cenário por trás de grandes questões que ainda dominam a agenda dos setores de recursos hídricos e energia elétrica.

O Autor
O professor Jerson Kelman está numa posição ímpar para analisar os desafios das agências reguladoras. Após uma brilhante carreira como professor da UFRJ na área de recursos hídricos e como pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), ele concebeu a Agência Nacional de Águas (ANA), da qual foi presidente de 2001 a 2004. Em seguida, de 2005 a 2008, foi diretor-geral da Agência nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Em seu livro, o professor Kelman faz uma reflexão profunda e construtiva sobre o muito que o Brasil ainda precisa caminhar na construção de marcos regulatórios sólidos e de instituições fortes e independentes


Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro – Autor: Mauricio Tiomno Tolmasquim
Sinopse

Reforma institucional é detalhada no livro “Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro”

Passados 10 anos da maior e mais profunda crise estrutural de abastecimento de eletricidade que se tem notícia, o Brasil vê hoje, na sua indústria de energia elétrica, um cenário diametralmente oposto àquele que travou a economia nacional nos anos de 2001 e 2002. Mercado em franca expansão, novos consumidores sendo incorporados à Rede Básica e empresas sólidas, lucrativas e com planos ambiciosos de investimento são apenas alguns dos sinais dos novos ventos que sopram. Mas, acima de tudo, a garantia de fornecimento de eletricidade neste e nos próximos anos dão ao país a tranquilidade necessária para traçar metas de crescimento socioeconômico sustentado.

Foi a partir do amplo processo de construção do marco regulatório atualmente em vigência, iniciado em 2003 e implementado a partir de 2004, que o jogo começou a virar no setor elétrico. Um dos artífices do complexo trabalho calcado na formulação de leis e decretos que teriam o objetivo de assegurar o suprimento exigido pelo país, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, Mauricio Tolmasquim, narra no livro Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro a história desse desafio. À época secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Tolmasquim foi delegado pela então ministra Dilma Rousseff a coordenar os trabalhos técnicos que balizaram a reforma institucional.

O livro explicita as diretrizes que nortearam o desenvolvimento do chamado Novo Modelo, com ênfase na abordagem da segurança do abastecimento e da modicidade tarifária. A partir da análise da legislação existente e dos documentos relacionados ao marco regulatório instaurado em 2004, a publicação se debruça sobre os aspectos técnicos, econômicos e jurídicos relevantes em cada uma das etapas de desenvolvimento do trabalho, levando em conta as condições sob as quais o mesmo foi desenvolvido.

A análise traçada ao longo das 300 páginas da publicação compreendeu três partes: o diagnóstico, que sintetiza os antecedentes e as diretrizes para a construção do modelo; o desenvolvimento, trazendo um histórico sintético das diversas etapas de trabalho; e o desempenho, com resultados da implementação das medidas. Nesta última etapa, o texto destaca em especial a questão envolvendo a contratação de energia como instrumento para a expansão do sistema e para a modicidade tarifária.

“O marco regulatório concebido combina planejamento com competição e investimento estatal com investimento privado, tudo isso de forma inédita no mundo. A ponto de uma importante consultora internacional tê-lo batizado de ‘Brazilian Hybrid Model’, ou ‘Modelo Híbrido Brasileiro’”, explica Tolmasquim. Desde 2005 ele está à frente da EPE, órgão público criado no âmbito do Novo Modelo com a missão de elaborar os estudos de planejamento energético do Governo Federal – estudos esses que dão sustentação aos princípios do próprio marco regulatório.

Voltado não só àqueles que militam na indústria de energia elétrica, mas também e principalmente a todos que desejam obter uma visão detalhada da intrincada cadeia de agentes e interesses que fazem do setor elétrico brasileiro tão complexo quanto fascinante, o livro Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro pode contribuir para a melhor percepção dos riscos, com reflexos positivos sobre o custo de expansão do sistema.

Conforme relata a presidenta da República, Dilma Rousseff, no seu texto de prefácio, “de certo modo, este livro vale como testemunho histórico de quem participou de um grande acontecimento”. Ou ainda, como coloca no posfácio o professor Ashley C. Brown, diretor-executivo da Harvard Electricity Policy Group, da Universidade de Harvard, “o que o Dr. Tolmasquim nos apresenta é tanto a substância como o processo pelo qual ele, a então ministra Rousseff e seus muitos colaboradores tiveram que passar naquela tarefa desafiadora”.

O livro Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, editado e distribuído pela Synergia Editora, estará à venda a partir do mês de junho nas livrarias – físicas e virtuais – de todo o país.

Eficiência energética: economia de 32,2 mil GWh até 2021

O Brasil poderá economizar 32,2 mil gigawatts-hora nos próximos dez anos com ações de eficiência energética, o que representará 4,2% do consumo total de eletricidade previsto até o fim de 2021.De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esse ganho adicional de eficiência no consumo final de energia elétrica nos próximos dez anos representa uma redução no requisito de geração (carga de energia) em torno de 4,5 mil megawatts (MW) médio, volume equivalente à  energia assegurada da usina hidrelétrica de Belo Monte.A EPE estima que o crescimento médio anual da demanda total de eletricidade no Brasil, incluindo consumidores cativos, consumidores livres e autoprodutores, será de 4,5% nos próximos dez anos, passando de 472 mil gigawatts-hora (GWh) em 2011 para 736 mil GWh em 2021.
A expansão média do consumo anual de energia elétrica ficará um pouco inferior à da economia, já que a taxa de crescimento do PIB brasileiro está estimada em 4,7% ao ano, em média, nos próximos 10 anos.
Com a economia crescendo mais que a demanda elétrica nos próximos anos, a EPE prevê a elasticidade-renda do consumo de eletricidade inferior à unidade (0,96).  “A  consequência disto é a queda da intensidade elétrica da economia – isto é, o montante de  energia consumido para produzir um real de PIB (kWh/R$) – no horizonte decenal, sinalizando um aumento da eficiência no uso da eletricidade”, informou o órgão em comunicado.
Segundo as estimativas apresentadas pela EPE, a classe comercial deverá manter a forte demanda observada nos últimos anos e deve apresentar a maior alta (5,8% anuais, em média) entre os segmentos de consumo, saltando de 74 mil GWh em 2011 para 129 mil GWh em 2021.
No entanto, a EPE ressalta que, apesar do alto crescimento do setor de comércio e serviços, a indústria vai permanecer como a classe responsável por quase metade do consumo total de eletricidade no país. A demanda das indústrias vai passar de 225 mil GWh em 2011 para 346 mil GWh em 2021, com taxa anual de expansão de 4,4%.
Os cálculos da EPE apontam ainda que o consumo de energia elétrica pelas residências vai avançar dos 112 mil GWh em 2011 para 174 mil GWh em 2021, com crescimento anual de  4,5%.
O órgão projeta uma expansão de 6,8% ao ano, em média, da autoprodução nos próximos 10 anos, passando dos 41,5 mil GWh estimados em 2011 para 79,8 mil GWh em 2021. Com isso, a participação desta fatia da geração no consumo total de eletricidade do país crescerá dos cerca de 9% verificados nos últimos anos para 11%, aproximadamente, em dez anos.
Fonte:Agencia Ambiente Energia

Preços de energia para 2012 estão abaixo de R$100/MWh

Preços de energia para 2012 estão abaixo de R$100/MWh 
Os preços de energia elétrica convencional para 2012 variam entre 85 reais a cerca de 100 reais por megawatt-hora (MWh), e tendem a um viés de baixa com a entrada do período úmido. Na avaliação de representantes de comercializadoras de energia consultadas pela Reuters, o atual cenário no mercado livre é de sobras contratuais e reservatórios de hidrelétricas em níveis confortáveis, resultando em um Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) também baixo. O PLD, que serve como base para os preços de energia no mercado livre, está em uma média 19,66 reais por MWh no Sul e em 23,56 reais por MWh nos demais submercados, atualmente. Esse preço já chegou a superar os 500 reais por MWh em períodos de baixa quantidade de chuva, como em janeiro de 2008. "Estamos praticamente emendando um período úmido no outro", disse o presidente da comercializadora de energia Comerc, Cristopher Vlavianos, ao destacar que os preços de energia para 2012 estão entre 85 reais MWh e 90 reais por MWh, valores considerados baixos para energia de fontes convencionais. 
O sócio-diretor da comercializadora Ecom Energia, Paulo Toledo, afirmou que é possível encontrar energia para 2012 a entre 90 reais e 95 reais por MWh. "Considerando a situação em que os reservatórios estão hoje, provavelmente os preços devem continuar nesse patamar... E também não há tanto espaço para o preço reduzir muito." Também apostando em um regime hidrológico dentro do normal, o diretor da comercializadora Compass, Paulo Mayon, avalia que o cenário é de tranquilidade para os consumidores livres. "Estamos falando de um mercado que veio, no primeiro semestre, em um viés de estabilidade com preços na casa dos 115 reais por MWh a 110 reais por MWh para 2012, e chegamos num momento em que se está comprando energia para 2012, hoje, abaixo de 100 reais por MWh", disse Mayon. 
Nas últimas semanas, o PLD até chegou a apresentar um aumento. O PLD é calculado com base em dados sobre disponibilidade de usinas, volume dos reservatórios, previsão de afluência e restrições de segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN), Apesar disso, o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Almeida de Medeiros, considera que a tendência é de que o PLD volte a cair em breve. O início do período úmido está previsto entre meados de outubro ou início de novembro. PROJEÇÃO DA DEMANDA Ainda há incertezas nas projeções de aumento de carga para 2012 e 2013, já que as indústrias, principais consumidoras de energia, também não têm definidas claramente as estimativas de aumento de produção para esse biênio, disse Mayon, da Compass. Em 2011, o crescimento do consumo de energia elétrica no país deve ser de 3,6 por cento, conforme revisão para baixo da estimativa pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 
A projeção inicial era de avanço de 5,4 por cento. Para 2012, a estimativa da EPE é de que o crescimento do consumo de energia elétrica no país volte a acelerar. "Mas mesmo que tenha uma aceleração de consumo de energia no ano que vem, na hora da contratação, os consumidores são mais conservadores... Ter sobra de energia não é bom para o consumidor", explicou Vlavianos, da Comerc. Segundo ele, mesmo com previsão de maior demanda, os consumidores não costumam ficar 100 por cento contratados. "Em termos de contratação , tem uma liquidez contratual grande do mercado... Tem bastante gerador vendendo energia", acrescentou. Considerando que os consumidores costumam não realizar sobre-contratação, as comercializadoras de energia tendem a registrar aumento nos volumes de negociação no próximo ano, diante da realização de ajustes da demanda dos consumidores livres. "Para o ano que vem o mercado livre deve ter boas perspectivas de colocação da energia que está sobrando" disse Medeiros, da Abraceel. 

Fonte: Reuters

Brix: preço da energia cai 11% em dezembro - PLD curto prazo Janeiro 2012

A plataforma de negociação de energia elétrica Brix divulgou nesta segunda-feira (16/1) a variação de preços registrada em dezembro no mercado de curto prazo (spot). De 13 de dezembro de 2011 a 10 de janeiro de 2012 - período de referência da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) - o preço dos contratos negociados no sistema variou de R$68,26 a R$60,68 por MWh - uma desvalorização de 11,10%.
Já o Índice Brix, que mede o prêmio aplicado ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) fechou o período negociado a R$16,51por MWh, registrando uma desvalorização de 32,94% em relação ao verificado no mês anterior. O valor máximo alcançado no intervalo foi de R$23,79 por MWh, no dia 13 de dezembro de 2011 - e o mínimo de R$16,51 por MWh, em 10 de janeiro de 2012.
O PLD médio mensal publicado pela CCEE para a região Sudeste/Centro-Oeste, que em novembro foi de R$45,55 por MWh, recuou para R$ 44,47 por MWh em dezembro.
De acordo com a Brix, mesmo com os feriados de fim de ano, o total de negociações no período foi de 287 - um aumento de 13% em relação ao mês anterior.
Em relação ao mês de janeiro  de 2012 o valor da energia elétrica no mercado de curto prazo ficou em R$12,20 para a terceira semana do mês, em todas as regiões. O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) foi divulgado nesta sexta-feira (13/1) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e é válido para o período entre 14 e 20 de janeiro.
A queda apresentada do PLD nas últimas semanas se explica pela chegada do período de chuvas, que aumenta a previsão de afluência dos reservatórios, baixando o preço da energia por causa da maior oferta prevista. O valor de R$12,20 por MWh é o minimo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o indicador.
Confira os novos preços para todas as regiões, em reais por MWh:
Sudeste/Centro Oeste: R$12,20 (pesada); R$12,20 (média); R$12,20 (leve);
Sul: R$12,20 (pesada); R$12,20 (média); R$12,20 (leve);
Nordeste: R$12,20 (pesada), R$12,20 (média); R$12,20 (leve)


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Brasil e as Obras Sustentáveis

As construções sustentáveis estão sendo cada dia mais viabilizadas por empresas e pessoas que resolvem encarar os problemas ambientais de frente. Muitos ainda adotam uma certa cautela, ou ainda tem certo preconceito, mas o fato é que as obras sustentáveis chegaram ao Brasil com extrema rapidez e importância.

Hoje, o Brasil já é o quarto colocado em um ranking de 120 países com o maior número de empreendimentos que podem receber o selo verde da Leadership in Energy and Environment Design (LEED). Este reconhecimento internacional é próprio para edifícios sustentáveis e vem sendo almejado por várias empresas.



Ainda é um pequeno passo, visto que apenas 1% do que é construído no País pode ser considerado como uma obra sustentável. Este tipo de obra pode ser 5% mais cara inicialmente, mas a recompensa poderá vir com um maior racionamento de água e energia, o que a curto e a médio prazo já é notado pelo empreendedor.
Para um aumento de obras e atitudes sustentáveis, ainda é preciso quebrar a barreira de preconceito e a falta de informação para que mais pessoas se unam para ajudar o planeta.

São detalhes minuciosos. Todos os caminhões e outros equipamentos que saem da obra da Arena Pantanal, em Cuiabá, são lavados para não sujar as ruas. No local da lavagem, a água passa por um processo de decantação e é reaproveitada. Até a tinta e vernizes utilizados deverão seguir uma série de exigências, como não emitir partículas tóxicas que podem prejudicar a saúde.

A madeira incorporada à edificação é certificada e os resíduos deixados por esse material ganham nova utilidade. O que virou entulho na demolição do antigo Verdão foi reciclado e aproveitado na obra como agregado no aterro e nas vias de acesso. A qualidade do ar e da terra é monitorada permanentemente e até os aparelhos de ar condicionados são cautelosamente escolhidos e vistoriados.

Esses são apenas alguns critérios de sustentabilidade que vem sendo aplicados no canteiro de obras do novo Verdão, em Cuiabá. O objetivo é obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que é um sistema de certificação de edificações que verifica e atesta a qualidade ambiental de um empreendimento. É a excelência no uso de energia e no design ambiental que dão nome à sigla LEED.

A Arena Pantanal é um dos oito estádios de futebol no Brasil que registraram seus projetos e buscam o atestado de “construção verde”.
"O LEED está presente em 127 países, mas são poucas as arenas mundiais que têm o selo verde ou que estejam na posição do Brasil na busca da certificação", afirma Felipe Faria, gerente de relações governamentais e institucionais do Green Building Council (GBC Brasil), organização não governamental criada em 2007 para promover processos de certificação do selo LEED no País.



O selo de “obra verde” é algo novo no Brasil, mas tem ganhado destaque nos últimos três anos. Dentre os diversos benefícios para um empreendimento, a diminuição dos custos operacionais totais das edificações durante o ciclo de vida após a construção (40 a 50 anos) é o grande destaque. Nos custos de operação total estão inclusos água, luz, manutenção, investimentos em tecnologia da informação e segurança, entre
outros.

Os critérios para obter a certificação englobam os seguintes aspectos da edificação: localização, eficiência energética, uso racional de água, materiais com baixo impacto ambiental, qualidade ambiental interna e inovação.

A proximidade com o Pantanal, considerado um patrimônio natural da humanidade, foi um dos fatores determinantes para escolha de Cuiabá como sede do Mundial de 2014, o que revela a importância da preservação da natureza. “Um dos nossos compromissos é realizar uma Copa do Mundo que provoque o menor impacto ambiental possível e, portanto, estamos desenvolvendo várias ações sustentáveis”, ressaltou presidente da Agecopa, Eder Moraes.

VANTAGENS

As práticas sustentáveis podem resultar na economia de 30% a 50% no uso de energia e água, por exemplo. Além disso, as edificações que contemplam tais atributos reduzem cerca de 35% das emissões de CO2 em relação às edificações tradicionais.
"Também podemos considerar a valorização destas edificações tendo em vista a conscientização dos consumidores sobre a importância de empreendimentos que oferecem baixos custos operacionais e atendem alta performance de qualidade ambiental interna”, disse Felipe Faria.

PROCESSO

A primeira etapa de análise no processo de certificação LEED é chamada de "Design Project Review", onde o empreendedor enviará todas as informações referentes a fase de projetos visando receber um "feedback" que porventura venha alertá-lo acerca de providências a serem observadas ou uma posição de que a fase de projetos e a estratégica da certificação está dentro do esperado.
Toda documentação relativa à fase de projeto já foi submetida ao GBCI – Green Building Certificate Institute (organização certificadora), através da ferramenta “LEEDonline v3” para revisão preliminar (Design Review).

Todas as estratégias de sustentabilidade para atendimento dos requisitos da fase de construção da certificação LEED estão sendo executadas pelo Consórcio Santa Bárbara-Mendes Junior, sob supervisão da Concremat, gerenciadora e fiscalizadora da obra, e sob orientação da GCP Arquitetos, responsável pelo projeto da arena.
“Apenas após a conclusão das obras que toda documentação elaborada na fase de construção será revisada pelo GBCI. Depois dessa revisão será emitido um relatório com o resultado da avaliação de cada requisito do programa selecionado para atendimento na Arena Pantanal, a quantidade de pontos e o nível da certificação alcançado. Após aceitação do relatório final, o GBCI emitirá o Certificado LEED para a Arena Pantanal”, detalhou a coordenadora de Construção Verde da Concremat, a arquiteta Gabriela Berrocal.

NEOENERGIA PREVÊ INVESTIMENTOS DE CERCA DE R$ 3,8 BILHÕES PARA 2012

NEOENERGIA PREVÊ INVESTIMENTOS DE CERCA DE R$ 3,8 BILHÕES PARA 2012


O Conselho de Administração do Grupo Neoenergia, reunido em 15/12/2011, aprovou para o orçamento de 2012 o investimento de R$ 3,8 bilhões, valor 81% maior que o investimento de R$ 2,1 bilhões realizado em 2011, sendo R$ 1,6 bilhão para distribuição e R$ 500 milhões para geração e transmissão. Os recursos para o próximo ano serão destinados à ampliação e melhoria da qualidade da rede de distribuição na região onde detém concessões e na diversificação de fontes de energia limpas, como a geração hidráulica e eólica. 

Para levar energia a mais pessoas e melhorar ainda mais sua eficiência, o Grupo Neoenergia aprovou investimentos de R$ 1,9 bilhão em distribuição de energia, sendo R$ 804 milhões na ligação de 400 mil novos clientes e expansão da rede com a construção 10 novas subestações, R$ 571 milhões no Programa Luz Para Todos de eletrificação rural com a ligação de 25 mil novos consumidores rurais, R$ 413 milhões na manutenção da qualidade da rede existente e R$ 76 milhões na melhoria de infraestrutura. 

Em geração, os investimentos do Grupo Neoenergia em 2012 serão de R$ 1,9 bilhão e se concentrarão na ampliação de seu parque gerador. Além dos 1.588 MW em operação, estão em construção as usinas hidrelétricas de Teles Pires (1.820 MW), na qual o Grupo tem 50,1% de participação, e Belo Monte (11.233 MW), com participação de 10%. O Grupo arrematou ainda em leilão de transmissão a concessão para instalação da subestação de 230/69 kV Extremoz, com valor de investimento previsto de R$ 22 milhões, que dará maior confiabilidade ao sistema de distribuição da Cosern no Rio Grande do Norte, trazendo como benefícios mais qualidade e redução das perdas técnicas. 

A Neoenergia também está investindo na construção de dez parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte, em sociedade com a Iberdrola, que somam 288 MW. O Grupo também estuda sua participação em novos projetos a serem licitados nos próximos leilões. 

Na área social, investe em projetos inovadores em seu Programa de Eficiência Energética. As três distribuidoras do Grupo já doaram mais de 170 mil geladeiras novas em substituição a eletrodomésticos antigos, garantindo eficiência de consumo a clientes de baixa renda. Além disso, foram doadas 1,37 milhões de lâmpadas eficientes e realizadas 23 mil substituições de fiação elétrica interna nas habitações. 

Outro projeto relevante do Grupo é a iniciativa pioneira de implantação do sistema de geração fotovoltaico do estádio de futebol de Pituaçu, em Salvador, realizado pela Coelba, em parceria com o Governo do Estado da Bahia e apoio técnico da Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ), que será o primeiro da América Latina a ser abastecido com energia elétrica geradora por energia solar, devendo entrar em operação em fevereiro de 2012. 




O Grupo Neoenergia é considerado hoje um dos maiores investidores privados do cinema nacional com investimentos previstos de R$ 15 milhões. Os patrocínios são voltados para áreas como as de cinema, teatro, restauração de patrimônio histórico, entre outras. Ainda entre os investimentos sociais destaca-se a parceria com o Instituto Ayrton Senna, no Programa Educação pela Arte. Em quatro anos, foram investidos cerca de R$ 2 milhões em projetos de organizações não governamentais que promovem a educação para o desenvolvimento humano por meio da arte junto a crianças e jovens de baixa renda. Desde o início da parceria, o Grupo Neoenergia possibilitou o atendimento a mais de 16 mil alunos. 

¿Temos a convicção de que o valor aprovado trará desenvolvimento sustentável para as regiões onde o Grupo Neoenergia atua, auxiliará no crescimento do País e garantirá eficiência nos resultados¿ destacou Marco Geovanne, Presidente do Conselho de Administração da Neoenergia e Diretor de Participações da Previ. 

Segundo o presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa, o nível de investimentos do Grupo vem sendo crescente e isso é possível graças à sua solidez financeira, ao esforço conjunto dos seus acionistas, à dedicação do corpo de colaboradores e fornecedores de bens e serviços, ao apoio das agências de financiamento, à segurança institucional do País e, acima de tudo, à crença na economia brasileira. 

INSTITUCIONAL 

O Grupo Neoenergia, um dos maiores investidores do setor elétrico brasileiro, é controlador das distribuidoras Coelba, Celpe e Cosern, localizadas nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, de geradoras hidroelétricas, térmicas e eólicas, de transmissoras e da comercializadora NC Energia. 

Com 23 mil colaboradores, entre empregados diretos e subcontratados, o Grupo é o maior do País em número de clientes atendidos, sendo reconhecido no mercado como uma das empresas mais eficientes no segmento de distribuição. Em 2011, as empresas do Grupo deverão distribuir 31.655 GWh a 9,4 milhões de clientes e a previsão de crescimento de mercado para 2012 é de 5,5% e de clientes de 3,8%.

FONTE: NEOENERGIA

MPX e E.ON formam parceria estratégica para investir nos mercados de energia do Brasil e do Chile

11/01/2012 - MPX e E.ON formam parceria estratégica para investir nos mercados de energia do Brasil e do Chile
A MPX, braço de energia do Grupo EBX, controlado pelo empresário Eike Batista, e o player global E.ON AG, sediado na Alemanha, anunciaram hoje (11/01) um acordo (termo de compromisso) para criação de uma joint venture (JV) 50/50 que desenvolverá geração de energia e atividades correlatas de suprimento e comercialização no Brasil. A parceria entre a MPX e a E.ON tem como objetivo desenvolver uma capacidade total de 20.000 MW no Brasil e no Chile, se tornando, assim, a maior empresa privada de energia do Brasil. Esse número representa cerca de 20% da atual capacidade total do país.

A JV entre a MPX e a E.ON será responsável por todos os projetos de energia térmica e renovável no Brasil e no Chile, bem como atividades correlatas de suprimento e comercialização. A MPX detém 11.000 MW em projetos já licenciados, que farão parte da JV com 50% dos seguintes projetos: Usinas Termelétricas Açu, no Rio de Janeiro (5.400 MW), Central Castilla, no Chile (2.100 MW), Usinas Termelétricas Sul e Seival, no Rio Grande do Sul (1.300 MW) e Usina Termelétrica Parnaíba (2.200 MW). Além disso, para a UTE Açu, a E.ON terá uma call option por meio da JV para uma participação adicional de 38,9% do projeto em valor contábil.

Um primeiro passo para a transação será a conversão de debêntures da MPX em ações ordinárias. Os ativos de carvão de baixa emissão e alto potencial calorífico da MPX na Colômbia formarão uma nova companhia, denominada CCX, que será separada da MPX (spin-off) e, portanto, não fará parte da parceria. Como parte do processo de cisão, a MPX irá transferir até R$ 814 milhões (€ 344 milhões) em caixa para a nova companhia. A CCX será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa e os acionistas da MPX farão jus a uma ação da nova empresa para cada ação da MPX de sua titularidade. Os debenturistas que optarem por não converter suas debêntures da MPX em ações ordinárias anteriormente à cisão não farão jus ao recebimento de ações da CCX.

Como parte do acordo, MPX levantará R$ 1.000.000.063,00 através de aumento de capital no qual a E.ON deve, em última análise, investir aproximadamente R$ 850 milhões a fim de alcançar uma participação-alvo de 10%. Como parte do grupo de acionistas minoritários, a E.ON terá direito a indicar um representante para integrar o Conselho de Administração da MPX.

“Através dessa joint venture a MPX poderá alavancar a plataforma global, expertise em desenvolvimento de projetos de cross-technology, experiência em gestão e extensa capacidade de geração da E.ON. Essa é uma parceria altamente estratégica e agregadora de valor para ambas as companhias. Juntos, podemos criar um negócio que vai muito além da soma de suas partes, gerando grandes oportunidades de crescimento nos próximos anos para todos os envolvidos”, disse Eike Batista, Presidente do Conselho de Administração da MPX.

O anúncio de hoje marcou o primeiro investimento da E.ON no Brasil, que é um de seus mercados em crescimento alvo fora da Europa. A E.ON é um líder global no setor de energia, com um portfólio de 69.000 MW composto por energia renovável, a gás, a carvão e nuclear e quase 4.000 MW em capacidade eólica, de biomassa e solar. A E.ON tem também um volume contratado de 68 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural em contratos de longo-prazo e produção upstream de cerca de 7,5 bcm ao ano.

Johannes Teyssen, CEO da E.ON AG, disse: “Para nós, a MPX é mais do que uma grande oportunidade de investimento no Brasil e no Chile. A parceria estratégica, que combina a experiência local e acesso a recursos naturais da MPX com a escala e capacidades globais da E.ON, possibilitará uma grande criação de valor em energia térmica e renovável no Brasil. A carteira de projetos de desenvolvimento de 11.000 MW já existente formará uma plataforma para alcançarmos rapidamente uma posição de mercado significativa em um dos mercados de energia de maior crescimento no mundo. Uniremos o conhecimento, experiência e comprometimento de ambas as companhias em benefício não apenas da MPX e da E.ON, mas também da economia brasileira e dos consumidores de energia do país. Estamos ansiosos para trabalhar com a MPX.”

Nos termos do acordo, a MPX irá manter, além de 50% dos projetos da joint venture acima mencionados, propriedade de 100% sobre a capacidade de energia contratada de usinas atualmente em construção (aproximadamente 3.000 MW), bem como sobre as concessões de gás natural na Bacia do Parnaíba, detidas através da OGX Maranhão, e da mina de carvão de Seival. Através de sua participação-alvo de 10% na MPX, a E.ON se tornará um estratégico acionista minoritário e apoiará também esses projetos.

A E.ON e a MPX esperam que a assinatura da joint venture ocorra no segundo trimestre de 2012, após realização de auditoria legal e conclusão das negociações finais.

“Estamos confiantes com nossa parceria com a E.ON, um bem-sucedido player do mercado global de energia. Através do trabalho conjunto e do aproveitamento da considerável experiência internacional da E.ON, podemos antecipar a monetização de projetos já licenciados, bem como criar novas e atraentes oportunidades de crescimento no Brasil e na América Latina,” comentou Eduardo Karrer, Diretor Presidente da MPX.

Frank Mastiaux, CEO da E.ON International Energy, disse: "A MPX e a E.ON compartilham a mesma visão de onde queremos levar esse negócio juntos. Nossas capacidades conjuntas formam uma combinação quase perfeita para atingirmos ambiciosas metas."
 
*Considerando taxa de câmbio de R$ 2,3649.
 
Este press release contém declarações e expectativas baseadas em suposições e previsões atuais feitas pela administração da E. ON e outras informações atualmente disponíveis para a empresa. Vários riscos conhecidos e desconhecidos, incertezas e outros fatores podem levar a diferenças materiais entre os resultados reais futuros, situação financeira, desenvolvimento ou desempenho da empresa e as estimativas aqui fornecidas. E.ON AG não pretende, e não assume qualquer responsabilidade, de atualizar estas declarações prospectivas ou adequá-las a eventos ou desenvolvimentos futuros.

SOBRE A E.ON
O negócio diversificado da E.ON consiste em geração de energia, gás natural, comercialização de energia, varejo e distribuição. Um terço do portfólio equilibrado de 69.000 MW da E.ON é gerado através de tecnologias de baixa emissão de carbono, incluindo parques eólicos onshore e offshore. A E.ON opera uma das dez maiores empresas de energia renovável do mundo. Ademais, a companhia também opera grandes redes de distribuição de gás e energia e fornece energia a 26 milhões de clientes. Em instalações na Europa, Rússia e América do Norte, seus mais de 85.000 empregados geraram vendas de € 93 bilhões em 2010. A missão da E.ON é fornecer soluções inovadoras de energia para seus clientes e criar valor superior para nossos investidores. E fazer isso de uma maneira que proteja o meio-ambiente, mantenha as pessoas em segurança e melhore a vida nas regiões em que a companhia opera. Em suma, a E.ON está empenhada em fazer energia mais limpa e melhor onde quer que faça negócios

FONTE: MPX