quarta-feira, 20 de março de 2013

Inclusão de carvão em leilões de energia beneficiará RS

Inclusão de carvão em leilões de energia beneficiará RS, diz Tarso
Estado tem cerca de 90% das reservas do material no país. Impacto ambiental.da exploração do material como energia preocupa.
G1

O governo federal autorizou o uso do carvão mineral no seu próximo leilão de energia, que ocorre no segundo semestre deste ano. A notícia foi confirmada na tarde desta terça-feira (19) pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, após uma reunião com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em Brasília.
A notícia é boa para a economia do Rio Grande do Sul. O uso do carvão mineral nos leilões de energia representa atração de investimentos para o estado, que possui cerca de 90% das reservas do material no país."Essa notícia é muito importante para o Rio Grande do Sul. Obviamente nós temos que ter todos os cuidados ambientais, mas é muito importante porque nós somos um dos maiores depósitos de carvão para a produção de energia térmica do país e vamos nos empenhar para que se consolidem investimentos nesse sentido", afirmou Tarso Genro, após sair da reunião com o Ministro.
A preocupação do governador com o impacto ambiental gerado pela exploração do carvão mineral era o motivo que deixava o governo federal reticente quanto à liberação do uso do material como fonte de energia. Indústrias e empresas da iniciativa privada afirmam que podem fazer altos investimentos em tecnologia para garantir a energia limpa.

Energia Eólica ficará mais cara nos leilões no ano de 2013

Eólica ficará mais cara nos leilões este ano
Os baixos preços da energia eólica no último leilão promovido pelo governo, em dezembro, podem não se repetir nos próximos certames. O presidente da Renova, Mathias Becker, prevê que os preços serão entre 12% e 18% mais altos, portanto, acima de R$ 100 por MWh...
Valor Econômico

Os baixos preços da energia eólica no último leilão promovido pelo governo, em dezembro, podem não se repetir nos próximos certames. O presidente da Renova, Mathias Becker, prevê que os preços serão entre 12% e 18% mais altos, portanto, acima de R$ 100 por MWh. Os preços do último leilão, os menores da história, assustaram os empreendedores.

A Renova, a maior geradora eólica do país, vendeu só 10,6 MW médios no leilão, que vão lhe trazer uma receita bruta anual de R$ 8 milhões quando as turbinas entrarem em operação na Bahia, daqui a cinco anos. A energia foi vendida por cerca de R$ 90 MWh. Segundo Becker, tratou-se de um preço excepcional, que só foi possível devido a uma combinação de fatores.

Na avaliação do executivo, as mudanças nas regras da Finame, linha de crédito do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) utilizada para a aquisição dos aerogeradores, elevarão os custos dos empreendimentos e, consequentemente, da energia vendida nos próximos leilões. Para cumprir com as exigências do BNDES, os fornecedores terão de investir em fábricas no Brasil, diz Becker, que também prevê uma redução no número de fabricantes de equipamentos que permanecerão no mercado brasileiro.

O Brasil passou a ser um oásis para os fornecedores globais, cujas fábricas de turbinas eólicas ficaram ociosas após a crise na Europa e EUA. No ano passado, quem venceu a concorrência aberta pela Renova foi a multinacional francesa Alstom, que lhe fornecerá 440 aerogeradores, no valor de mais € 1 bilhão. A encomenda é uma das maiores do setor no mundo.

Sobre os futuros leilões, o presidente da Renova afirmou que a empresa está apta para cadastrar projetos, mas evitou fazer previsões. Em 2012, só um leilão de energia nova foi realizado - e ainda assim a demanda foi um fiasco.

Para ficar menos dependente do mercado cativo, a Renova criou uma comercializadora e estreou no mercado livre no fim do ano passado, com a venda de 61 MW médios. Os nomes dos compradores bem como os preços negociados são mantidos em segredo pela companhia.

Os acordos, disse Becker, foram fechados após a publicação da Medida Provisória 579, que estabeleceu as regras para a renovação antecipada das concessões e abalou as pilastras do setor elétrico. Isso mostra que a MP não afugentou os clientes do mercado livre de energia, como alguns representantes do setor chegaram a prever. A Renova obteve preços bem mais atraentes nesses contratos bilaterais que nos leilões, disse o executivo.

Com a conclusão das obras do parque eólico Alto Serão I, a Renova passou a ter 28% do sua carteira em operação. No entanto, o parque continua desconectado da rede elétrica nacional porque a Chesf não construi a tempo as linhas de transmissão, que só estarão prontas no fim deste ano.

Determinação da Aneel derruba ações da Cemig

Determinação da Aneel derruba ações da Cemig
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu em R$ 5,11 bilhões a base de remuneração líquida que será utilizada para definir a revisão tarifária deste ano para a Cemig Distribuição. Em despacho publicado no dia 12 no "Diário Oficial da União", o órgão declara ainda o montante bruto...


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu em R$ 5,11 bilhões a base de remuneração líquida que será utilizada para definir a revisão tarifária deste ano para a Cemig Distribuição. Em despacho publicado no dia 12 no "Diário Oficial da União", o órgão declara ainda o montante bruto em R$ 14,92 bilhões.

A informação, repercutida hoje pelos bancos de investimentos, assustou os investidores. Segundo analistas, a própria agência estava prevendo anteriormente uma base regulatória de R$ 6,7 bilhões. A alteração pode significar um reajuste bem menor na tarifa cobrada pela empresa.

Por volta das 10h45, as ações preferenciais da Cemig caíam 11,09%, sendo cotadas em R$ 22,94, a maior baixa do Ibovespa. Antes de iniciar as negociações na bolsa, os papéis entraram em leilão durante 15 minutos por conta da forte queda.

A desvalorização arrasta as empresas do setor, com as ações da Light caindo 9,5% e as da CPFL recuando 3,76%, por exemplo. Todas as companhias de energia elétrica dominam as maiores quedas do principal índice da BM&FBovespa hoje, pela manhã.

Nos cálculos do analista Vinicius Canheu, do Credit Suisse, essa mudança na base regulatória que é usada para calcular a nova tarifa vai reduzir em 24% o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) da Cemig. "Agora esperamos que a decisão traga novamente incertezas para o setor", diz o relatório.

Já o BTG Pactual prevê em R$ 2,80 o valor total que as ações podem perder com a notícia. Caso não haja nenhuma mudança e a Aneel resolva não voltar atrás, o preço-alvo para os papéis seria cortado de R$ 27 para R$ 24,20. "Mas a Cemig já nos disse que vai tentar reverter essa proposta", diz o banco.
Fonte: Valor Ecônomico