terça-feira, 3 de abril de 2012

A companhia alemã Führlander inicia nesta terça-feira (3/4) a implantação de uma fábrica de turbinas eólicas no complexo portuário e industrial de Pecém, no Ceará


Führlander inicia implantação de fábrica eólica no Ceará
Ministro Lobão participa de cerimônia oficial de lançamento das obras; planta deve estar pronta em oito meses
Jornal da Energia 
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A companhia alemã Führlander inicia nesta terça-feira (3/4) a implantação de uma fábrica de turbinas eólicas no complexo portuário e industrial de Pecém, no Ceará. A cerimônia oficial de lançamento da ordem de serviço para as obras contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A empresa, que já tinha o terreno no Brasil há anos, conta com licença de instalação e prevê investir R$15 milhões em sua primeira fase. A unidade ocupará uma área de 122 mil metros quadrados e deve gerar inicialmente 200 empregos diretos e cerca de 600 indiretos. A previsão da Führlander é concluir a fábrica em oito meses e começar a produzir no começo de 2013. A planta entregará aerogeradores de 2,5MW e 3MW, com até 141 metros de altura. O evento de lançamento começa às 11 horas.
O investimento em novas unidades em solo cearense soma aproximadamente 60 milhões de euros 

Depois de se tornar o maior produtor de energia eólica do Brasil, o Ceará deverá ganhar agora a sua primeira fábrica montadora de aerogeradores, a ser instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Após reunião com a alemã Fuhrländer, na última segunda-feira, em Siegen, na Alemanha, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antônio Balhmann, informou que o antigo projeto da empresa no Estado irá, neste ano, sair do papel. E mais: em parceria com outra investidora internacional e com uma nacional, a Fuhrländer irá montar na localidade uma espécie de cluster, com a instalação de mais duas unidades fabris, sendo uma de pás e outra de torres para aerogeradores.

Área terraplanada

"A Fuhrländer já possui uma área no Pecém terraplanada. Existe, inclusive, um protocolo de intenções assinado com o Estado para a instalação da fábrica. Entretanto, em função das incertezas que existiam no mercado brasileiro de energia eólica, a empresa teve dificuldade de construir a unidade. Mas agora, diante do primeiro leilão de energia do tipo, ocorrido no ano passado, e pelo interesse da empresa em participar dos próximos leilões, assim como por uma maior confiança no mercado brasileiro do segmento, veio a possibilidade da instalação definitiva da fábrica", justifica Balhmann. Segundo o presidente da Adece, a expectativa é de que as obras tenham início no segundo semestre desse ano, para estar em operação entre os primeiros seis meses de 2011. O investimento nas três novas unidades soma aproximadamente 60 milhões de euros. Ele adianta que já está autorizada pelo governador Cid Gomes a desapropriação de áreas próximas ao terreno da Fuhrländer para a implantação dessas outras unidades que estão chegando. "É importante frisar que estes novos empreendimentos estarão localizados próximos à fábrica já existente no Pecém da Wobben Windpower, que é pioneira na construção de pás de torres eólicas no Ceará", destaca.

Demanda do Ceará


Segundo Balhmann, os empreendimentos são considerados de grande porte, e irão atender à demanda não somente do Ceará, como de outros estados e até mesmo de países do exterior, como Estados Unidos e localidades no Caribe. "A escolha do Pecém tem a ver com sua localidade estratégica, permitindo atender com facilidade esses outros mercados", destaca. Pensando nesse filão, empresários chineses também já estiveram no complexo para estudar a possibilidade de investir em projetos eólicos por lá.

Balhmann informa que, à exceção da planta de aerogeradores, os empreendimentos já poderão servir aos novos parques eólicos a serem instalados em decorrência do último leilão de energia dos ventos. A unidade de montagem de aerogeradores terá capacidade de produção equivalente a 200 megawatts (MW) por ano. Já a de pás poderá fabricar 450 unidades anualmente. Os projetos em fabricação de torres no local permitirão a produção de cerca de 100 unidades/ano. Estas novas fábricas ocuparão uma área de 240 mil metros quadrados.

O presidente da Adece ressalta ainda o trabalho de treinamento que será feito com a mão-de-obra local. "Eles (a Fuhrländer) vão incorporar a estrutura de capacitação e treinamento que a empresa tem na Alemanha. A empresa já prestou serviço para a China, onde formou mão-de-obra para a produção de mais de 3 gigawatts (GW) com sua tecnologia. Desta forma, técnicos e operários virão para a Alemanha e instrutores daqui irão para o Brasil", diz. Ele acrescenta que esse trabalho no Pecém será feito em parceria com o CTTC, que será instalado no complexo.

Apesar de não poder informar que empresa está envolvida na instalação da fábrica de torres, ele adianta que esta a construirá em parceria também com uma empresa nacional, a Torres do Brasil, que já foi constituída para esse fim.

Eólica no Pecém


O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) deverá contar com uma usina eólica que destine a sua produção para os seus próprios empreendimentos industriais, ao invés de repassar a energia para o Sistema Integrado Nacional (SIN), como ocorre com os outros parques eólicos. O projeto vem de uma antiga concessão que o Governo do Estado possuía, mas que só agora será levada à prática. "A usina será operada por uma empresa pra fim específico, que poderá administrá-la com a participação da CearáPortos. Vamos começar esse projeto. Já estamos finalizando a constituição da empresa e a questão jurídica e institucional para a distribuição dessa energia. A ideia é que ela alimente as indústrias do complexo, mas estas questões estão sendo avaliadas", explica Balhmann. O investimento no projeto está estimado em US$ 120 milhões e será financiado pela empresa a ser formada pela associação do governo com a iniciativa privada. O parque terá capacidade para produzir 60 MW de energia, sendo implantado em duas fases, iniciando com 30 MW para depois duplicar. A previsão é de que as obras tenham início ainda este ano, para que o parque possa operar a partir de 2011.



Caso se confirme, o Ceará poderá receber mais R$ 30 milhões em recursos investidos pela empresa no Estado
Ainda que em fase de implantação de uma indústria no Ceará, a fabricante alemã de aerogeradores Fuhrländer, já pensa em ampliação da futura unidade fabril. Caso se confirme, a empresa investirá mais R$ 30 milhões no Estado, somados aos R$ 15 milhões previstos para esta primeira etapa, cuja pedra fundamental está sendo lançada hoje no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Trata-se da primeira fábrica da companhia no Brasil.

Segundo o gerente de projetos da Fuhrländer, Newton Lima, a expansão, embora antecipadamente prevista, deverá ocorrer somente no longo prazo. "Nossa meta, agora, é implantar esta primeira etapa e treinar o pessoal", fala. De acordo com ele, 200 empregos diretos serão gerados na fase atual. No entanto, uma ampliação dobraria esse número de postos de trabalho.

Valor agregado

Na avaliação do executivo, a vinda da Fuhrländer para o Ceará carrega um grande valor agregado para a economia estadual. Isto porque, explica, "os aerogeradores são produtos de alta tecnologia". "Eles têm partes de fundição, elétrica, hidráulica e sistema de cabos que podem ser adicionados à produção local. No entanto, para fabricar aqui, neste momento, ainda teremos que comprar essas partes de produtores de outros estados, como Minas Gerais e São Paulo. Mas com a nossa fábrica aqui, essas empresas podem vir a se instalar no Ceará", emenda Newton Lima, reforçando o poder de encadeamento que uma indústria de aerogeradores pode proporcionar.

De acordo com ele, em paralelo à construção do empreendimento, os contatos para essas parcerias já vão começar a ser feitos. "A ideia é trazer esse pessoal para cá", destaca.

Até porque, embora esta primeira etapa esteja sendo viabilizada pela contratação de equipamentos para produção de 400 megawatts (MW) de energia eólica, por empresas vencedoras dos últimos leilões, a Fuhrländer vislumbra a contratação de mais 400 MW nos próximos dois certames que estão para acontecer ainda este ano. "Nossa expectativa é fechar no mínimo o que já temos contratado", afirma o executivo.

Conforme disse, a previsão é de que 20 unidades sejam produzidas por mês, em um turno de trabalho por dia. "Porém, dependendo da demanda, se houver necessidade, a capacidade de produção poderá ser distribuída em mais um turno", adiantou.

Solenidade

A cerimônia de lançamento da pedra fundamental acontece, hoje, às 11 horas, no Cipp, com a presença do governador Cid Gomes, do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; do presidente da Eletrobrás, José da Costa; do presidente de Furnas, Flávio Decat, além do presidente da Fuhrländer, Joachim Fuhrländer, dentre outros.

Ainda de acordo com Newton Lima, a previsão é que o empreendimento fique pronto em oito meses, iniciando a fabricação de aerogeradores no primeiro semestre de 2013.

Apresentação

A fim de consolidar ainda mais o setor no Ceará, o governador Cid Gomes apresentou ontem, em São Paulo, as ações e os projetos de energia eólica no Estado. A exposição aconteceu durante a Brazil Wind Energy Conference (BWEC), realizada pela revista Carta Capital e Cleantech. O Ceará é atualmente o estado com maior produção de energia eólica do Brasil, são 17 parques instalados com produção de 518 megawatts.

Projeção
O Brasil pode se tornar em 2013 o décimo maior produtor de energia eólica do mundo, um salto de 10 posições, já que o País terminou 2011 na 20ª colocação. A projeção foi apresentada ontem, pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, durante a mesma conferência. A estimativa tomou como base o crescimento da capacidade instalada e a previsão da entrada dos parques eólicos já contratados.

Estimativa
15 milhões de reais é o investimento previsto para construção de uma primeira etapa da indústria de aerogeradores no Estado, que terá 122 mil metros quadrados

A Bioenergy está investindo R$ 2 milhões em ações ambientais no Rio Grande do Norte.


Energia eólica: R$ 2 milhões em compensações
A Bioenergy está investindo R$ 2 milhões em ações ambientais no Rio Grande do Norte. A empresa pretende aplicar recursos em projetos nas regiões onde foram construídos parques eólicos. O parque eólico de Miassaba 2 elimina 350 mil toneladas de dióxido...
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A Bioenergy está investindo R$ 2 milhões em ações ambientais no Rio Grande do Norte. A empresa pretende aplicar recursos em projetos nas regiões onde foram construídos parques eólicos. O parque eólico de Miassaba 2 elimina 350 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Isso equivale a um reflorestamente de um milhão de árvores, preservadas por 21 anos. O projeto inclui planos de monitoramento da dinâmica costeira, monitoramento da avifauna e fauna terrestre, monitoramento da desova das tartatugas, monitoramento de ruídos, diagnóstico e prospecção de vestígios arqueológicos, além das melhores práticas de engenharia, como a drenagem e medidas contra erosão. A empresa investirá ainda R$ 275 mil na reserva de desenvolvimento sustentável Ponta do Tubarão, também no Rio Grande do Norte. A iniciativa é uma contrapartida à construção do parque eólico Miassaba 2, que vai operar no mercado livre de energia. A empresa já realiza reuniões com representantes da comunidade da região para definir os projetos ambientais de maior interesse para aplicar esses recursos. Essa é uma das 40 condicionantes que a empresa comprometeu-se com o Idema, órgão ambiental do Rio Grande do Norte, para desenvolver a usina eólica no local