sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Consumo de energia crescerá em média 4,7% ao ano até 2021, prevê a EPE - Publicado o Plano Decenal de Energia - PDE - 2021


RIO - A Empresa de Pesquisa Energética prevê crescimento médio do consumo de energia de 4,7% ao ano até 2021. A estimativa faz parte da minuta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021, colocado em consulta pública nesta segunda-feira pelo Ministério de Minas e Energia.
Segundo a estatal, a demanda por energia crescerá a uma taxa média anual de 5,7% até 2016. Nos cinco anos seguintes, o ritmo de crescimento será de 4,3% ao ano. A previsão foi baseada em estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,7% ao ano até 2021. Diferentemente da projeção de crescimento do consumo energético, o PIB, segundo a EPE, deverá crescer a um ritmo de 3,7% ao ano até 2016, e acelerar para 4,4% ao ano nos últimos cinco anos projetados.
A paridade entre as taxas de crescimento do consumo de energia e do PIB indicam uma tendência de aumento de eficiência energética. No passado, o índice de crescimento do consumo de energia era praticamente o dobro da taxa de aumento do PIB.
Nesse sentido, a EPE prevê economia de 20.554 mil toneladas equivalentes de petróleo (tep) no consumo de combustíveis nos próximos dez anos. A estatal estima ainda economia de energia elétrica de 48 terawatts-hora (TWh) até 2021. O volume corresponde à geração de uma hidrelétrica com potência instalada de aproximadamente 10 mil megawatts (MW), equivalente a três usinas do porte de Xingó, no Nordeste.
“O volume de combustível poupado nesse mesmo ano, se expresso em barris equivalentes de petróleo, é de cerca de 410 mil barris por dia, ou aproximadamente 20% do consumo de petróleo no País em 2011”, informou a EPE, na minuta do documento. A oferta interna de energia para atender a demanda brasileira crescerá, segundo a estimativa, a 4,9% ao ano até 2021. Ao longo do período, saltará de 286,2 de tep para 440,7 tep.

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http://www.valor.com.br/brasil/2842458/consumo-de-energia-crescera-em-media-47-ao-ano-ate-2021-preve-epe#ixzz29m8qCzHo


A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê investimentos de R$ 1,097 trilhão no setor de energia brasileiro até 2021. Os dados constam da minuta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2021), colocada em consulta pública ontem.
A EPE estima que o setor de energia elétrica será responsável por R$ 269 bilhões desse total, sendo R$ 213 bilhões em geração e R$ 56 bilhões em transmissão.
A maior fatia deverá ficar, segundo a EPE, com o setor de petróleo e gás natural, com R$ 749 bilhões. Só o segmento de exploração e produção responderá por R$ 547 bilhões, seguido pelo refino e infraestrutura de transporte, com R$ 198 bilhões. A oferta de gás natural deverá receber outros R$ 4 bilhões.
A oferta de biocombustíveis líquidos deverá receber, até 2021, outros R$ 79 bilhões, sendo R$ 71 bilhões para as usinas produtoras de etanol, R$ 7 bilhões para a infraestrutura dutoviária e portuária e R$ 1 bilhão para as usinas de produção de biodiesel.
A minuta traz ainda a estimativa de que a capacidade de geração elétrica crescerá 57% até 2021, passando de 116,5 gigawatts (GW), no ano passado, para 182,4 GW. Pela projeção da EPE, o incremento na geração será maior, de 34,9 GW, até 2016. Entre 2017 e 2021 serão outros 31 GW. A energia hidráulica vai ter o maior peso nesse aumento do parque de geração conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com 33,2 GW, atingindo o total de 116,8 GW de capacidade instalada em 2021. A seguir virão, pelas estimativas da EPE, a energia eólica, com 14,2 GW de aumento no parque de geração; a energia térmica, com 8,9 GW; a biomassa, com 5,7 GW; as pequenas centrais hidrelétricas, com 2,5 GW; e as usinas nucleares, com 1,4 GW.
O documento colocado ontem em consulta pública mostra ainda que a participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira saltará dos atuais 43,1% para 45% em 2021.
A EPE ressalta que o crescimento da fatia das fontes renováveis será liderado pela expansão da oferta de derivados de cana-de-açúcar, que passarão de 16,4% para 21,2% da matriz energética entre 2011 e 2021.
Entre os combustíveis fósseis, a participação de petróleo e derivados na matriz cairá de 38,5% para 31,9%. O segmento de gás natural representará 15,5% da oferta de energia do país em 2021, frente aos 11% atuais.
Já a oferta de carvão mineral e derivados permanecerá com uma participação de 6,1% ao longo dos próximos dez anos, segundo a EPE.
As projeções da EPE levam em conta um crescimento do consumo de energia de 4,7% ao ano até 2021. A previsão foi feita baseada em uma estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,7% ao ano até 2021.

http://www.epe.gov.br/Estudos/Paginas/Plano%20Decenal%20de%20Energia%20%E2%80%93%20PDE/PlanoDecenaldeExpans%C3%A3odeEnergia%E2%80%93PDE2021%C3%A9disponibilizadoparaConsultaP%C3%BAblica.aspx?CategoriaID=345

ANEEL divulga cronograma de trabalhos para redução tarifária

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulga os principais marcos para a implementação do disposto na Medida Provisória nº 579 a partir de 17 de setembro, data de publicação do decreto que estabelece as metodologias aplicadas aos trabalhos a serem desenvolvidos pela Agência.

DataEvento
12/9/2012Publicação da Medida Provisória nº 579 (MME)
17/9/2012Edição do Decreto de Regulamentação (MME)
15/10/2012Prazo para manifestação de interesse de renovação de contratos de concessão pelas empresas
1º/11/2012Aprovação das minutas de Termos Aditivos aos Contratos de Concessão de Geração e de Transmissão (ANEEL/MME)
1º/11/2012Publicação das tarifas de Geração e das receitas de Transmissão (MME)
1º/11/2012Convocação das empresas de Geração e de Transmissão para assinatura dos Termos Aditivos aos Contratos de Concessão (ANEEL/MME)
04/12/2012Prazo limite para assinatura dos Aditivos contratuais de Geração e de Transmissão
11/12/2012Aprovação dos valores da Tarifa de Uso dos Sistemas de Transmissão – TUST (ANEEL)
19/12/2012Resolução homologatória provisória das cotas de energia para as distribuidoras (ANEEL)
1º/01/2013Início de validade das novas Receita Anual Permitida (RAP) das Transmissoras, TUST e Tarifas de Suprimento
20/01/2013Resolução homologatória definitiva das cotas de energia para as distribuidoras (ANEEL)
05/02/2013Revisão extraordinária das distribuidoras para percepção das tarifas pelos consumidores (ANEEL)