quarta-feira, 23 de maio de 2012

Entrada dos chineses na EDP dá fôlego para investimentos em geração no Brasil


Entrada dos chineses na EDP dá fôlego para investimentos em geração no Brasil
Empresa quer crescer no país, mas projetos não apresentam rentablidade adequada, segundo Antonio Mexia
Agência Canal Energia
canalenergia.com.br

A entrada dos chineses na EDP dará mais fôlego para os investimentos da empresa, principalmente no Brasil, país considerado estratégico não só pelos portugueses, mas também pela China Three Gorges, que adquiriu 21,35% da EDP no processo de privatização. De acordo com Antonio Mexia, CEO da EDP, a presença no Brasil e a forte atuação no segmento de energias renováveis foram os dois principais atrativos da companhia nesse processo. Na disputa estavam ainda a alemã E.ON e as brasileiras Eletrobras e Cemig. O executivo acredita que se não fossem esses dois fatores, a empresa não teria atraído muitos interessados. "O Brasil é uma aposta fundamental da EDP", afirmou o executivo. No entanto, ainda de acordo com Mexia, o crescimento no Brasil, que está focado no segmento de geração, esbarra na rentabilidade dos projetos. "Gostaríamos de crescer no Brasil mais rápido do que estamos crescendo, mas os projetos não tem a rentabilidade adequada", declarou Mexia. A empresa está terminando de construir a térmica de Pecém, no Ceará, e iniciou a construção da hidrelétrica de Jari, no Amapá. A EDP também vendeu 120 MW de energia eólica nos últimos leilões de geração. Segundo Mexia, os chineses tem uma capacidade de financiamento muito grande, importante para a participação nos projetos. A CTG comprou a fatia da EDP e se comprometeu a investir 2 bilhões de euros até 2015, sendo 800 milhões de euros até maio de 2013. "Nós compartilhamos da mesma visão e temos como foco crescer na área internacional através de fontes renováveis", comentou Mexia.

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