quarta-feira, 20 de março de 2013

Determinação da Aneel derruba ações da Cemig

Determinação da Aneel derruba ações da Cemig
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu em R$ 5,11 bilhões a base de remuneração líquida que será utilizada para definir a revisão tarifária deste ano para a Cemig Distribuição. Em despacho publicado no dia 12 no "Diário Oficial da União", o órgão declara ainda o montante bruto...


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu em R$ 5,11 bilhões a base de remuneração líquida que será utilizada para definir a revisão tarifária deste ano para a Cemig Distribuição. Em despacho publicado no dia 12 no "Diário Oficial da União", o órgão declara ainda o montante bruto em R$ 14,92 bilhões.

A informação, repercutida hoje pelos bancos de investimentos, assustou os investidores. Segundo analistas, a própria agência estava prevendo anteriormente uma base regulatória de R$ 6,7 bilhões. A alteração pode significar um reajuste bem menor na tarifa cobrada pela empresa.

Por volta das 10h45, as ações preferenciais da Cemig caíam 11,09%, sendo cotadas em R$ 22,94, a maior baixa do Ibovespa. Antes de iniciar as negociações na bolsa, os papéis entraram em leilão durante 15 minutos por conta da forte queda.

A desvalorização arrasta as empresas do setor, com as ações da Light caindo 9,5% e as da CPFL recuando 3,76%, por exemplo. Todas as companhias de energia elétrica dominam as maiores quedas do principal índice da BM&FBovespa hoje, pela manhã.

Nos cálculos do analista Vinicius Canheu, do Credit Suisse, essa mudança na base regulatória que é usada para calcular a nova tarifa vai reduzir em 24% o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) da Cemig. "Agora esperamos que a decisão traga novamente incertezas para o setor", diz o relatório.

Já o BTG Pactual prevê em R$ 2,80 o valor total que as ações podem perder com a notícia. Caso não haja nenhuma mudança e a Aneel resolva não voltar atrás, o preço-alvo para os papéis seria cortado de R$ 27 para R$ 24,20. "Mas a Cemig já nos disse que vai tentar reverter essa proposta", diz o banco.
Fonte: Valor Ecônomico

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