quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Nova plataforma de comercialização aposta em conhecimento de mercado para emplacar BBCE já tem 12 comercializadoras entre os sócios; expectativa é trazer clientes e negociar 2.500MWmédios em 2012, ano de estreia

Depois do lançamento da Brix, que já está em operação, uma nova plataforma surge com a proposta de facilitar e agilizar a comercialização de energia elétrica. O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) foi apresentado à imprensa nesta quarta-feira (9/11) e, de acordo com seu presidente, Flávio Cotellessa, tem como maior trunfo o fato de ser um produto "do mercado para o mercado". Isso porque a iniciativa tem como sócios, até o momento, justamente 12 comercializadoras.
O grupo começou com a parceria entre Capitale Energia, CMU Energia, Comerc, Ecom, Delta e Solenergias. Ainda vieram Bolt Energias, Tradener, Diferencial, Kroma, Nova Energia e Safira Energia. Além dessas empresas, outras oito estão em "negociações avançadas" e podem ingressar até o final do mês. No meio desses possíveis novos sócios, estão também companhias que atuam no setor de geração.
"Quando tenho sócios como esses, consigo entender, com os interesses deles, como o balcão tem que funcionar", explica Cotellessa. Outra vantagem é que o BBCE espera que seus próprios sócios apresentem a plataforma a clientes, impulsionando as primeiras transações. "A gente consegue rapidamente entrar em grandes patamares (de negociação de energia) só com os sócios", estima o executivo.
Nas projeções do BBCE, seria possível comercializar cerca de 2,5GWmédios em 2012, quando o sistema começa a operar. O montante representa cerca de 50% do mercado spot. Em 2013, seriam negociados 4,5GWMWm e, em 2014, 5GWm. Em 2015 e 2016, seriam, respectivamente, 5,2GWm e 5,3GWm. A maior parte das transações envolverá o produto spot, enquanto uma parcela mínima será com contratos para médio e longo prazo. O grande desafio, de acordo com Cotellessa, será criar contratos padrão que atraiam os consumidores, o que faz com que os contratos spot acabem sendo os mais negociados.
Com o crescimento das operações e uma maior liquidez, o BBCE pretende futuramente se tornar uma bolsa de energia, assim como almeja sua concorrente Brix. O presidente da empresa, porém, prefere não traçar perspectivas e deixar claro que é primeiro preciso ganhar o mercado. "Tecnicamente, teríamos condições de fazer isso em seis meses. Mas depende de mercado, de liquidez", explica.
Além dos sócios, qualquer consumidor ou vendedor poderá acessar a plataforma. Os custos, de acordo com Cotellesa, serão uma cobrança por formalização de contratos, na primeira fase, antes de ter início a operação multilateral. A partir daí, passará a ser cobrado um emolumento das duas partes envolvidas - comercializador e comprador. E, para impulsionar o uso da ferramenta, quanto mais contratos forem fechados, menor será o pagamento. Assim, segundo o presidente do BBCE, os players que fizerem maior uso da plataforma terão um custo "praticamente igual aos que eles têm hoje", quando, na transação comum, gastam com serviços como Sedex e autenticação de documentos.
Os aportes para a criação do BBCE foram de R$12 milhões e a expectativa dos sócios é que o investimento se pague entre 2013 e 2014.
Fonte: jornaldaenergia.com.br

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