CPFL Renováveis diz que PCH pode demorar até dez anos para retomar competitividade | |
Companhia, porém, continua tocando projetos com vistas em reviravolta no futuro | |
Jornal da Energia gasbrasil.com.br | |
Os investidores que atuam no setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ainda acreditam na fonte, apesar do fraco desempenho dessas usinas nos últimos leilões realizados pelo governo e na dificuldade para viabilizar empreendimentos no mercado livre. A principal aposta é em conseguir mostrar os “benefícios globais” das pequenas centrais – como, por exemplo, o fato de estarem próximas aos pontos de consumo, a qualidade da energia gerada e a segurança proporcionada ao atendimento do sistema no horário de ponta. Assim que isso for possível, os agentes acreditam que conseguirão persuadir o governo a manter a expansão da fonte na matriz energética brasileira. Contudo, isso deve demorar um pouco - ao menos na avaliação de Márcio Severi, diretor institucional da CPFL Renováveis. “A retomada da competitividade das PCHs dependem da quantificação desses benefícios. É uma tarefa de médio prazo, que pode demorar até dez anos.” Até que isso aconteça, ele propõe uma contratação mínima para não “matar a fonte”. A companhia tem propriedade para falar no assunto. Ela opera 306,7MW em PCHs, além de manter uma carteira de projetos em desenvolvimento de mais 632,3MW. Mas o que reflete o atual momento é exatamente a quantidade de usinas em construção: apenas uma, a PCH Salto Góes, de 20MW, em Santa Catarina. “Estamos desenvolvendo os projetos de PCHs. Deixando-os prontos para uma retomada”, explica Severi. Nesse momento, o diretor da CPFL Renováveis, que também acumula o comando do departamento de regulação e comercialização de energia, faz um alerta. “A empresa que não fizer uma diversificação de fontes pode ter problema. Porque o mercado é cíclico e cada hora a fonte da moda muda.” E continua: “é arriscado ficar em uma só (negócio). Nossa estratégia é mais segura”, aponta o executivo, uma vez que a CPFL Renováveis investe em biomassa, eólicas, PCHs e já visa energia solar. Nessa última área, a empresa tem um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de 1MW em desenvolvimento na cidade de Campinas, no interior de São Paulo. Questionado se a companhia deverá realizar novas aquisições, Severi afirma que a empresa está, sim, preparada "para ir às compras”. A CPFL Renováveis comprou nos últimos meses as geradoras Siif Ènergies , Bons Ventos e uma unidade de cogeração que era controlada pela Usina Açucareira Ester. A CPFL Renováveis tem como sócia majoritária a CPFL Energia, com 63%. Outros membros da companhia são Pátria Investimentos (9,4%), Eton Park, por meio da Secor LLC (9,24%), BTG Pactual, por meio do FIP Brasil Energia (7,6%), Bradesco, por meio do FIP Multisetorial Plus (5%), GMR Energia (3,2%) e DEG KFW (2,4%). |
Nesse blog iremos discutir e informar sobre as noticias da parte técnica na área de transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil e no Mundo. transmissão de energia elétrica, manutenção, energia elétrica, distribuição, eficiência energética, P&D, leilão transmissão, subestações, linhas de transmissão, segurança do trabalho.
quinta-feira, 22 de março de 2012
CPFL Renováveis diz que PCH pode demorar até dez anos para retomar competitividade
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