O movimento que pede a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado reuniu menos de 30 pessoas no gramado em frente ao Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira. Simbolicamente, no entanto, o ato representa um total de 1,6 milhão de assinaturas obtidas em uma petição online.
As adesões, promovidas pelo site da ONG Avaaz, pedem que Calheiros deixe a presidência do Senado. Uma das argumentações é a de que as acusações de corrupção contra o senador no Supremo Tribunal Federal (STF) não são compatíveis com cargo de presidente do Congresso.
Os manifestantes também colocaram uma bandeira gigante do Brasil no gramado do Congresso. Na bandeira estava escrito: "Será que o Senado vai ouvir?". Logo depois, os manifestantes entraram no Congresso, onde haverá uma reunião para a entrega das assinaturas para parlamentares da oposição.
O diretor de campanhas da Avaaz, Pedro Abramovay, que é ex-Secretário Nacional da Justiça do governo Lula, vai encaminhar nesta quarta uma representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) federal. Ele quer que a OAB encaminhe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ao STF pedindo o fim do voto secreto na escolha do presidente do Senado.
Na internet, a Avaaz informa que "é uma comunidade de mobilização online que leva a voz da sociedade civil para a política global".
Na página que propaga os atos de domingo no Facebook um texto traz a razão de ser da mobilização e provoca:
“Renan Calheiros foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de peculato (quando servidor utiliza o cargo para desviar dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso.
Não somos artistas ou políticos partidários…
Somos apenas cidadãos brasileiros que NÃO AGUENTAM MAIS TANTA CORRUPÇÃO!
Não queremos mais ser chamados de palhaço.
Até quando aturaremos corruptos e ladrões governando o nosso País?”.